Destaques

6/recent/ticker-posts

Do Sedentarismo à Qualidade de Vida: Como o Exercício Transforma a Realidade de Quem Tem Artrose

 

A artrose é uma condição que assusta. E com razão. Ela limita, dói, enfraquece e compromete funções básicas do dia a dia, como caminhar, subir escadas ou simplesmente levantar de uma cadeira. Mas, se por um lado o diagnóstico traz insegurança, por outro ele pode ser o início de uma virada — e o exercício físico é o motor dessa mudança.

Se você é Personal Trainer, precisa compreender a profundidade do que está em suas mãos. A artrose, hoje, é uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo. A estimativa é que mais de 30% da população acima dos 65 anos tenha algum grau da doença. E, ainda assim, o tratamento conservador continua sendo negligenciado ou mal orientado.

A boa notícia? O exercício físico bem prescrito tem impacto direto na dor, na função e na qualidade de vida desses pacientes.

Sedentarismo: o agravante silencioso

Uma das primeiras atitudes que a maioria das pessoas com artrose toma é justamente parar de se movimentar. A dor limita, o medo paralisa. Mas essa inatividade é o que dá combustível para a progressão da doença.

O repouso excessivo leva à perda de massa muscular, à rigidez articular, à piora da dor e à limitação funcional progressiva. E é aqui que o Personal Trainer entra — não como alguém que "dá treino", mas como um educador do movimento, um profissional que pode interromper o ciclo degenerativo e devolver função ao corpo que já começou a ceder.

O papel do exercício na artrose

Vamos direto ao ponto: exercício não regenera cartilagem, mas é capaz de reduzir dor, melhorar a função e dar autonomia ao paciente. Os benefícios são amplos e já estão mais do que documentados na literatura científica.

1. Treinamento de força:
O enfraquecimento muscular, principalmente do quadríceps, está diretamente relacionado à progressão da artrose de joelho. Trabalhar força de forma segura, progressiva e focada na musculatura estabilizadora é essencial para reduzir a sobrecarga articular e dar suporte às articulações. E não, não se trata de colocar o aluno em leg press e torcer para dar certo. É avaliar amplitude, dor, compensações, e ajustar carga e execução com precisão milimétrica.

2. Exercício aeróbico de baixo impacto:
Controlar o peso corporal é um dos pilares do manejo da artrose. Cada quilo a menos representa até quatro quilos de redução na carga sobre o joelho, por exemplo. Caminhadas orientadas, bicicleta ergométrica, elíptico — todas são alternativas que precisam ser avaliadas individualmente, de acordo com o estágio da doença e o nível de dor do aluno.

3. Treinos de mobilidade e controle motor:
Melhorar o padrão de movimento é tão importante quanto fortalecer. Um corpo que não sabe se mover bem, mesmo forte, sobrecarrega as articulações. E na artrose, cada movimento mal feito tem um custo. Por isso, exercícios que desenvolvam a consciência corporal, o equilíbrio e a coordenação motora são parte do tratamento.

4. Educação em saúde:
O Personal Trainer não é médico, mas é um dos profissionais mais presentes no dia a dia do aluno. E por isso, também tem um papel educativo: desconstruir o medo do movimento, mostrar que dor não é sentença de repouso, e construir uma nova relação com o próprio corpo.

O diferencial está na prescrição inteligente

Não se trata de adaptar o treino padrão. Se você trabalha com artrose, precisa ter critério clínico e sensibilidade para entender limitações e possibilidades. Isso exige conhecimento técnico sobre a doença, entendimento de progressões adequadas e, acima de tudo, uma escuta ativa para adaptar cada sessão à realidade do aluno naquele dia.

Não é sobre seguir planilha. É sobre responder à pessoa que está na sua frente.

Vamos concluir?

A artrose ainda é vista por muitos como um caminho sem volta. Mas quem atua com seriedade na prescrição de exercício sabe que há espaço para avanço, melhora e autonomia. O movimento, quando bem orientado, é remédio. E o Personal Trainer pode — e deve — ser o profissional que conduz esse processo.

A sua atuação pode ser o divisor de águas entre uma vida limitada pela dor e uma rotina retomada com autonomia e dignidade. Você não é um complemento do tratamento. Você é parte do tratamento.


Espero que você tenha gostado desse texto, específico para quem atua com Personal Trainer. Tenho algumas dicas para te dar:

Conheça a COLEÇÃO "Personal Trainer Completo"
Tenha acesso a um Perfil Secreto no Instagram exercícios em vídeos de Funcional
Aproveita e segue no Instagram!
Receba nossos links no Telegram e no Whatsapp .

Postar um comentário

0 Comentários